- Ninguém concordou... Ele é intelectual, sabe? Há anos que me ama platonicamente, mas há anos! Sabe o que é um amor platônico, Rogério? É um amor maravilhoso, que tem sua marcha paralela à da inteligência. Não é lindo? Veja que coisa profunda, paralela à da inteligência!
- Eu amarei de outro modo - prometeu ele tomando-lhe a cabeça e mordendo-lhe os lábios.
Ela contraiu os maxilares e desviou o rosto para poder respirar. A náusea forçou-a a limpar a boca no punho do vestido.
- Daqui a pouco ficarei em cacos na sua mão - balbuciou. E como sentisse que ele afrouxava o braço, animou-o novamente, implacável: - Mas eu quero que seja assim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário