Trote
... e então resolvemos ir à UP! na quinta a noite, quando Pauleenho e Fael discotecaram. Virei a noite e fui direto - com a mesma roupa - para a aula de hoje, sexta-feira. (Sim, a noite foi boa!)
Qual não foi minha surpresa quando, depois da aula de Introdução à Engenharia Elétrica, nos foi comunicado que o trote aconteceria hoje. Os veteranos ficaram a aula toda fazendo barulho do lado de fora, aparecendo na janela colocando plaquinhas do tipo "Calouro vai morrer!", mas eu pensei que aquilo tudo era só ameaça e que nada aconteceria. Pelo menos não às meninas.
Mas não pouparam a imensa ala de 8 mulheres da sala. Se eu soubesse que o trote do meu curso é tradicionalmente um dos piores de toda a UFMG, juro que teria pensado duas vezes antes de escolher Engenharia Elétrica...
* Primeiro os veteranos e membros do GEEE (grêmio) nos prenderam na sala e fizeram-nos responder um questionário bobo e ao mesmo tempo engraçado com perguntas do tipo: "Sabe cantar a música dos Smurfs?" "Sexo? a) sim b) não" e outras mais.
* Depois nos organizamos em fila e percorremos todo o corredor do PCA (que é MUITO grande) de elefantinho (vocês sabem o que é isso, né? Se não, não queiram saber. É humilhante). Acabamos todos, meninos e meninas, no banheiro masculino. Todos tiraram um pé do tênis e entregaram aos veteranos que fizeram sabe-se lá o que com eles. Eu e as outras meninas nos recusamos a tirar nossos sapatos (hunf!) e acabaram nos deixando ficar calçadas.
* Fomos então levados ao lado de fora do prédio. Tinta, farinha, mais tinta, e mais farinha (inclusive no cabelo, grrrr...) nos esperavam. Todos sentados no chão, cercados pelos veteranos, sujos e bebendo pinga (!). Os meninos ficaram todos sem camisa, e isso foi engraçado. Pudemos ver o abdominal de nossos queridos colegas, hehe.
* Do outro lado do "pátio", havia a forma de uma mulher riscada de giz no concreto. Os meninos tiveram que simular uma relação sexual com o chão, e essa foi a melhor parte do trote! Eu ri muito... As "performances" que não eram aprovadas pelo grêmio, tiham que ser repetidas. Espanhola, 69, fio-terra, teve de tudo. Eu não parei de rir um minuto. Felizmente as meninas foram poupadas dessa parte e ficamos só assistindo e bebendo vodca com Coca-Cola. (Nessa hora eu fiquei muito puta... Já não bastava estar suja, um veterano ainda virou um copo cheio de refrigerante na minha cabeça. Fiquei toda melada...)
* Depois rolou um "futebol de ping-pong": o objetivo era colocar a bolinha de ping-pong no gol soprando-a. Isso num "campinho" de farinha de trigo. Engraçadíssimo também.
* Por último, o banho de lama. Nós, meninas, nos recusamos a mergulhar no "piscinão", e depois de muita conversa, concordaram em não nos fazer passar por mais essa. Mas os meninos não foram poupados. Rolou até lutinha no meio do barro, hahaha!
Apesar do inconveniente de ficar suja, melecada e ter que passar pela situação constrangedora de desfilar de elefantinho no PCA todo, foi divertido. É uma época que não vamos viver mais. Ser calouro é uma experiência única. Chata, mas única. E eu tenho certeza que ainda vou sentir saudades dessa época...
Vim embora de carro com a Laura, mas andei um bom pedaço do centro a pé suja de farinha, tinta e Coca-Cola. E, quer saber?, nem achei ruim. Era legal ver o povo da rua olhando pra mim com cara de dó. Mas eu estava me divertindo a beça com aquilo tudo.
Tiraram fotos que vão ser divulgadas na lista de discussão da Elétrica. Logo vou postá-las aqui :)
sexta-feira, 16 de abril de 2004
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